kit Leitura Obrigatória Fuvest 2025 Ilustre casa de Ramires + Marília de Dirceu + Quincas Borba - Edipro

Considerado um dos poemas mais importantes da língua portuguesa, Marília de Dirceu foi publicado em 1792 pelo poeta português Tomás Antônio Gonzaga. Neste ano, o autor havia partido para o exílio em Moçambique, e é dito que os poemas foram inspirados em seu amor pela brasileira Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão.A obra está inserida no movimento do Arcadismo, uma escola literária marcada pela exaltação da natureza e da vida simples no campo. Esse movimento guarda relações com as ideias iluministas, como o conceito da figura do bom selvagem de Jean-Jacques Rousseau, em oposição a uma emergente burguesia europeia.Edição com texto integral. Inclui notas explicativas para os termos não usuais.Publicada em 1900, A ilustre casa de Ramires é uma das mais maduras obras do escritor português Eça de Queirós. Romance de muitas histórias paralelas, pode ser considerado um texto sobre a arte de escrever.Ao mesmo tempo que observamos Gonçalo Mendes Ramires em sua trajetória ambiciosa para ingressar na política, acompanhamos também a composição do romance escrito por ele: uma novela histórica sobre seu antepassado Tructesindo, cavaleiro do rei d. Sancho i.Conflitos intelectuais, políticos, familiares e morais se sobrepõem a cada página deste intrincado e fascinante livro. Símbolo da fase realista do autor, A ilustre casa de Ramires traça belas comparações entre seu personagem central e a história do próprio país, consolidando-se como uma das mais importantes peças literárias da história portuguesa.Publicados como folhetim na revista A Estação entre 1886 e 1891, os textos de Quincas Borba foram compilados em um volume único pela primeira vez em 1892, ano de sua primeira publicação. Ao lado de Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, este livro faz parte da trilogia realista de Machado de Assis, na qual o autor se utiliza da ironia e do pessimismo para tecer críticas à sociedade. Ao contrário do que o título sugere, o livro não se centraliza no filósofo Quincas Borba - que já aparecia em Memórias póstumas de Brás Cubas -, mas em seu herdeiro, o ingênuo Rubião. Com a fortuna herdada, o rapaz se muda para o Rio de Janeiro, onde será manipulado pelo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia. A sociedade de aparências e o parasitismo social são os principais alvos de Machado nesta obra. O cientificismo e o positivismo de Comte, muito em voga no século xix, também não escapam da veia irônica do autor. Quincas Borba é uma de suas maiores obras.